quinta-feira, janeiro 26, 2006

poema

ora bem... nao é grande coisa, e nada vos diz, mas ainda assim, diz me milhentas coisas.

há coisas que se devem esquecer, outras recordar, outras... apenas aprendemos e guardamos no fundo de nós.







O que nao foi



Queria estar contigo.Outra vez.
No dia em que te despediste,
Tanta coisa que queria te ter dito,
Faz quase um ano,
A minha voz ficou presa.

Tanta coisa para te dizer,
E nada disse.

Olhaste para mim,
E nesse teu olhar,
Pareceu me ver…
Tudo o que passamos,
Tudo o que vivemos.
Um pequeno momento,
A mim pareceu me horas…
Em que vi nos teus olhos o adeus,

Tanta coisa para te dizer,
Silêncio.

Nunca me esqueceu esses teus olhos,
Dum cinzento tão profundo,
Um lago no qual me afoguei
Vezes sem conta.
E nesse dia, dizia me
E suplicava, para ir contigo.

Tanta coisa para te dizer,
Adeus

Quando virei as costas
E não olhei para trás,
Senti que ainda ali estavas,
Esperando que eu dissesse
O que me ficou nos lábios.
Não saberás nunca o quanto me custaram,
Esses pequenos, escassos passos,
De tantas vezes fiz aquele caminho,
Nunca o vi tão comprido.

Tanta coisa para dizer,
Fui me embora.

Nem eu me apercebi do que fazia,
E ainda agora não sei dizer quem foi embora,
Se eu, se tu.
Nem quem errou,
Sei que devia te ter dito,
Sei que me devias ter pedido,
E agora é tarde.
Estás longe e as minhas palavras já não te podem chegar.
As saudades agora atacam-me,
Impiedosas.

Tanta coisa para dizer,
Amo-te.